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    Sobre o que restou do “nós”

    novembro 11, 2017 • Samyle S

    É curioso como eu guardo com carinho a sua lembrança. Geralmente, a mágoa em minhas frases é clara ao salientar os defeitos alheios como se eu mesma também não fosse causa de términos. Exceto contigo.

    Talvez se deva ao primeiro amor, época de descobertas intensas sobre nós mesmos. Ou talvez por eu ter me culpado bastante por termos nos afastado, o que me impossibilita de enuviar minhas lembranças.  Não que eu tenha esquecido esse seu desleixo com o mundo, os seus vícios ou a sua falta de tato. São só detalhes. É isso que te faz humanamente extraordinário.

    Não, meu bem, isso não é uma declaração de amor. Hoje te encontro e me surpreendo por não mais ter borboletas no estômago. É que aquele afeto tomou outros rumos, que eu não sei bem explicar. Mas permanece em intensidade.

    Aquele rapaz de dezessete anos que você foi me transformou despretensiosamente. A pessoa que me tornei leva um pouco de ti consigo, como bem nos alertou Antoine de Saint-Exúpery. Esse pouco que, hoje percebo, fez-me amadurecer tanto.

    Assim refletindo, descubro que é só dar tempo ao tempo que a gente começa a agradecer por tudo o que nos fez o que somos. Não é isso que quero dizer, afinal? Obrigado.

    Autora: Samyle S.

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