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  • "Transbordando sentimentos puros em palavras"

    Posts arquivados em: Ano: 2017

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    Quanto vale o tempo?

    setembro 03, 2017 • Samyle S

    Hoje, ao olhar pela janela do meu quarto,  fiz-me essa pergunta. “Quanto vale o tempo?” Assustei-me com a profundidade dela, o modo como me veio e principalmente pelo por que. Confesso que tudo isto e o fato de que neste exato momento tenho lágrimas nos olhos advém ingenuamente de um livro que é uma releitura de um conto de fadas. Sim, eu também acharia graça se fosse você.

    Nunca, ao simplesmente baixar um livro com o único propósito de ser mais um número na minha lista desse ano, poderia supor o quanto mexeria comigo. Você, se lê-lo, provavelmente vai me considerar meio… louca. Falo isso por falta de descrição melhor. O meu lado racional está gritando que estou fazendo um alarde por uma escrita meia-boca e um enredo de uma originalidade peculiar, mas previsível, enquanto meu lado emocional me lembra o quanto eu chorei ao me colocar no lugar daquela criança de cem anos de idade. Irônico, eu sei.

    Na verdade, estou agarrada ao meu travesseiro(sem coragem de tirar minha ursinha de pelúcia de roupinha rosa – chamada Romã – de dentro da embalagem que a protege do pó) indagando por que diabos as pessoas insistem tanto em fugir da realidade. Confesso que de um modo bizarro me vi em Rose Samantha Fitzroy, não porque tenha pais donos da maior empresa do mundo, capazes de comprar uma máquina e me colocarem lá dentro durante anos, ou meses dependendo do bom humor deles, para dormir. E sim porque nunca me permiti viver. Tenho minha própria máquina barata chamada alienação.

    Essas máquinas, a propósito, são intrinsecamente diferentes. Enquanto uma mantém jovem eternamente, a outra te tira alguns prazeres pueris, por causa do amadurecimento precoce, dependendo do caso, ou te transporta para uma dimensão paralela em que você simplesmente diz “dane-se” e vai viver – particularmente acho essa bem interessante. Mas por que criamos isso? Por que temos essa necessidade de fugir de fantasmas interiores que sabemos que não são reais? Por que não dá pra “encarar”? Nos afogamos no trabalho, livros, exercícios. Coisas que aparentemente são boas, até mesmo saudáveis que, entretanto, estão nos destruindo.

    Então você só olha para a janela. Quanto, quanto vale o seu tempo? Amanhã você pode acordar e perceber que seus pais, seus amigos, a sua familiar tecnologia, o amor da sua vida… tudo o que um dia foi você, simplesmente se esvaiu. Perdeu um dia, uma semana, um mês de férias, dois dias de aula, por nada. O seu alarme toca avisando da prova de matemática da semana que vem, do trabalho de física que você não fez e nada faz sentido.

    Viver dói. Simples assim. É muita mais fácil se afundar em alguma coisa e esquecer de si mesmo. Até a esperança de um milagre corta. Mas dormir por sessenta e dois anos só vai piorar tudo. Não é isso que quero dizer, afinal? Dê valor ao seu tempo. Permita-se.

    Escrevi esse texto há pouco mais de quatro anos, quando ainda mantinha um blog pessoal, estava no colégio e vivia à flor da pele. De todos os textos que ainda tenho daquela época, esse é o que mais gosto. Acho engraçado que me achava super profunda no auge dos meus quinze anos, e hoje sinto certo embaraço quanto ao que escrevi. Exceto esse texto. Provavelmente porque essa pergunta continua ecoando em mim ao longo destes quatro anos (e, creio eu, pelo resto da minha vida). Espero que esse texto ecoe em você também.

    Autora: Samyle S.

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    Minha casa

    outubro 29, 2017 • Samyle S

    Daqui queria partir. Sonhadora, à flor da pele, achando o lugar pequeno pro seu mundo gigante. Aqui, terra das impossibilidades. Mas você se deixou ficar, devido à falta de coragem, e nada esperava além do mofo dos dias. Cá. Lar.

    Mas, menina, a vida surpreende mesmo. Agora esse lugar pequeno cabe exatamente você. E essa gente sem rosto passou a ser mais um cômodo da sua casa. Gente querida, que te faz sorrir. Você aprendeu a ver a delicadeza de cada dia assim.

    A ideia de partir, hoje tão concreta e certa, parece um delírio. É como desmembrar você. Mas calma.

    “Se eu partir

    Minha casa é o que eu sou

    Junto aqui

    Minhas asas, dores, amores, receitas de pão

    Empilho tudo assim

    Pra quando a vida bater

    Respirar fundo até transbordar em mim”

    Versos que Compomos na Estrada

    Autora: Samyle S.

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    Circo

    outubro 20, 2017 • Honorato, Sandro

    Olá,  como vão?

    Hoje vou postar uma poesia que fiz há algum tempo. Mas por incrível que pareça, a “musa” inspiradora não mudou.

    Circo

    Sabe Amor,

    Você foi capaz de me domar

    Eu seguia todos seus pedidos e assim acabei me perdendo

    Sabe Amor,

    Poetas são como ilusionistas

    Se escondem atrás da magia mas seus segredos são de fácil acesso

    Sabe Amor,

    Está difícil manter este sentimento cigano

    Você me ama? Você o ama? Você alguma vez já amou?

    Sabe Amor,

    Às vezes você não acha graça nesta vida de montanha russa

    De manhã nós brigávamos e a noite nos reconciliávamos na cama

    Sabe Amor,

    Vejo que outro a tem em teus braços e desejo-lhe felicidade

    Sei que não sou o amor da sua vida, mas você foi o meu

    Sabe Amor,

    Cansei de ser o Palhaço nesta história

    Te fiz sorrir e no fundo eu sofria neste nosso Circo.

    AUTOR: HONORATO,Sandro.

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    Bem-Te-Vi

    outubro 07, 2017 • Honorato, Sandro

    Bem-te-vi

    Te vi beijando outros lábios
    Ansioso por aquele teu beijo
    Te vi em ondas do mar
    Lavando toda tristeza aqui dentro

    Te vi em minhas poesias
    Personificando a minha deusa
    Te vi no céu a noite
    Observando o brilho das estrelas

    Te vi em outros braços
    Querendo lhe aconchegar
    Te vi fazendo juras de amor
    Mas somente eu sabia como te amar

    Te vi sorrindo
    E eu queria ser tua alegria
    Te vi fazendo planos para o futuro
    E eu mal cuidava da minha vida

    Te vi em sonhos
    Delirando com a realidade
    Ah, eu te vi ir embora
    E eu não sei lidar com esta saudade.

    AUTOR: HONORATO, Sandro.

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    Tutorial: como não ser um babaca

    outubro 01, 2017 • Samyle S

     

    Você está a fim dela. Moça bonita, simpática, gente fina. Excessivamente tímida, coitada. Um tanto difícil também, você sabe que precisa conquistá-la. Um bom papo, gentilezas aqui e acolá.  Para demonstrar interesse, você sempre a toca: ombros, mãos, braço. Ela, acanhada, sorri de leve. Incentivo suficiente.

    Uma abertura pequena à vista, você passa a mão. Costas, cintura, dissimuladamente perto do seio. E não é só uma mão, é aquela mão. Com desejo. Você faz isso, é claro, em um local público. É só uma demonstração de carinho, afinal. Inofensiva.

    Veja bem, o óbvio precisa ser dito: o corpo dela não é público. Ninguém tem o direito de passar a mão em alguém sem expresso consentimento. E sorrisos, especialmente vindo de gente que não demonstra interesse, raramente significam “sim”. Para não correr o risco de ser agressivo com seus “carinhos”, é bem fácil. Convida a menina para ir ao cinema.  Ou vai me dizer que você tem coragem de passar a mão no corpo dela, mas não consegue fazer um simples convite?

    Se a resposta for sim, talvez a questão não seja falta de coragem. Talvez seja bem mais fácil se aproveitar dela assim, disfarçadamente, no meio de várias pessoas, para deixá-la envergonhada em dizer que seu carinho, na verdade, incomoda. Porque, afinal, ela não quer fazer escândalo. Quem vai querer chamar a atenção geral quando já se está sentindo vulnerável, não é mesmo?

    Então, agora que você está ciente disso, bora combinar: chama a menina pra sair. Pede permissão. Do contrário, é violência, não carinho.

     

    Autora: Samyle S.

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    Clichês

    setembro 24, 2017 • Honorato, Sandro

    Olá,
    Como vão?
    Este é um poema sobre o clichê, as repetições que fazemos quando estamos apaixonados.
    Abraços e espero que curtam.

    Clichês

    Como eu fui errar
    Se sou tão minucioso?
    Como irei naquela praia
    Se ali foi nosso primeiro beijo?

    Como vou buscar a liberdade
    Se estas presa a minha memória?
    Como seguirei em frente
    Se o passado me assombra?

    Como te transformei em musa
    Se me trata como um ser qualquer?
    Como eu lhe dediquei poesias
    Se mal entendes meus sentimentos?

    Como vou rir de tudo isso
    Se o meu peito ainda chora?
    Como o tempo vai apagar
    Se a cicatriz no peito não se cura?

    Como fui me apaixonar por alguém
    Se me falta amor próprio?
    Como eu fui te perder
    Se eu nunca realmente lhe tive?

    AUTOR: HONORATO,Sandro.

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